Daiane de Oliveira Fraga é mãe de quatro filhos. As duas mais novas seguem em fase de aleitamento materno, sendo que uma tem dois anos e sete meses e outra tem um ano e dois meses. De acordo com ela, a ideia é que ambas sigam usufruindo deste bem natural pelo menos até os três anos de idade. Foi até esta idade que os seus outros dois filhos, que atualmente têm 12 e oito anos, foram amamentados.
“Acredito que o aleitamento materno seja algo muito importante. Acredito na força do leite materno, pois como tenho hipotireoidismo, meus bebês sempre nascem pequenos e somente com o leite materno para que seja possível que eles cresçam rápido”, explica a mãe. Daiane conta que durante os nove meses de gestação da caçula continuou amamentou normalmente a filha que hoje tem dois anos.
Gestos como o dela são considerados como essenciais pelas autoridades da área de saúde. Porém, mesmo havendo o reconhecimento da importância de amamentar, é necessário ressaltar os seus benefícios, já que algumas mães ainda trocam este precioso alimento por outros. “A fórmula, como são chamados os leites industrializados, não tem os benefícios do leite materno”, pontua a enfermeira obstetra Anny Caroline da Luz. Ela atua no serviço municipal de saúde, como enfermeira-chefe da unidade de saúde do bairro Demboski, em Içara.
De acordo com a profissional, a amamentação é o momento em que se estabelece o vínculo entre a mãe e o bebê, sendo fundamental para a criança. “Este estímulo à amamentação já na primeira hora de vida, ou no máximo na segunda hora, somente traz benefícios para a mãe e bebê, e os benefícios são ainda maiores aos recém-nascidos prematuros. Ambos possuem maiores chances de sucesso na amamentação prolongada”, informa.
Anny incentiva as pacientes a seguirem com o aleitamento materno dos filhos a longo prazo. “Pode proporcionar redução de mortalidade infantil e morte súbita; redução de diarreias e doenças respiratórias; diminuição da probabilidade da criança desenvolver diabetes tipo 1 e 2, obesidade, colesterol alto, pneumonia e leucemia; diminuição da incidência de câncer de mama e ovários na mãe; entre outros”, finaliza.
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