No início deste ano o agricultor Ézio Budny, da comunidade de Linha Zilli, em Içara, teve um prejuízo com a perda de, pelo menos, dois hectares de lavoura. O problema surgiu depois do aparecimento de uma infestação das chamadas lagartas “falsas medideiras”, que consumiram boa parte da plantação de feijão dos agricultores da região. E para que o surto não ocorra mais uma vez, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) estão emitindo um alerta. A intenção é que os agricultores estejam atentos ao surgimento de qualquer tipo de lagarta para que possíveis prejuízos possam ser evitados.
“Por enquanto, não há problemas. Estamos na época de plantação de milho e algumas larvas já apareceram, mas as comuns dessa época, não as que surgiram em grande número no início desse ano. Mas a gente está cuidando, porque não queremos passar por aquela situação novamente”, comenta Budny que, junto à família, possui mais de 30 hectares de terra.
De acordo com o gerente regional da Epagri, Realdino Bussarello, não há motivos para alarde. O aparecimento de algumas larvas deve servir apenas como precaução para os agricultores. “Nós estamos fazendo visitas e vistorias em propriedades rurais e fazendo a coleta das lagartas para análise. Não tem motivos para preocupação, mas o importante é que todos tenham esse cuidado de fazer o acompanhamento para evitar grandes danos”, explica.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara, Jair D’Estefani, diz que ainda não recebeu reclamações, mas que sabe que algumas lagartas já surgiram. “Contudo, lagartas normais dessa época. No começo do ano o prejuízo foi grande e, agora,fazendo esse controle, pode-se evitar que o problema surja mais uma vez. Eu estive acompanhando os técnicos nas visitas e pude conversar também com os agricultores. E já percebemos que todos estão tomando esse cuidado e querendo saber como proceder”, afirma.
Especial Jornal Gazeta