O vereador de Balneário Rincão e agora ex-servidor público de Içara, José Eloir do Nascimento, entrará com recurso contra sindicância que o apontou como responsável por erros na folha de pagamento da Prefeitura. Ele foi exonerado oficialmente no dia 10 de outubro e garante que não houve imparcialidade no julgamento. Eloir espera agora, voltar a integrar o quadro de funcionários públicos municipais.
“Eu já estou procurando os meus advogados para realizar a defesa judicial. Acredito que a comissão escolhida para realizar a sindicância não foi imparcial. E acredito sim que muito em breve serei reintegrado. Porque o que era para ser apurado, não foi feito. Fui acusado de pagar um abono de férias vencidas que tinha naquele período e o meu erro não pegar um documento sobre esse pedido que me foi feito”, afirma.
O ex-servidor diz ainda que já imaginava a exoneração pelo fato de não apoiar o prefeito Murialdo Canto Gastaldon no período eleitoral. “Tenho convicção de que meu posicionamento político intervio nessa decisão. No Balneário Rincão o PMDB é oposição do PT e eu, declaradamente, não apoio a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Além disso, eu período eleitoral eu não apoiei o Murialdo e acho que isso tenha influenciado”, afirma.
Eloir, no entanto, diz estar com a consciência tranquila. “Me entristece o fato de saber que as pessoas escolhidas para compor a comissão não eram as adequadas. Como também o tempo que levaram para isso, já se passou um ano e eles não cumpriram os prazos legais. Mas eu estou completamente tranquilo, com a consciência limpa e certo do que diz. Sei que a justiça vai ser encarregar de esclarecer os fatos e eu vou provar que não há motivos para a exoneração”.
Durante a sindicância, Eloir teve a defesa do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Içara (Sindserpi). Segundo a presidente, Edna Benedet, se for solicitado ele receberá apoio mais uma vez. “A assessoria jurídica do sindicato fez toda a defesa durante a sindicância. Não tenho detalhes do mérito. Mas o que podemos colocar é que ele é sócio, e, se procurar novamente o sindicato, faremos a defesa judicial. Só se pode dizer se é culpado ou inocente após uma decisão judicial transitada em julgado”, coloca Edna.
Agora, o ex-servidor aguarda a decisão dos advogados para saber qual próximo passo deve ser dado. Durante o tempo em que ficou afastado, ele recebeu o salário de forma normal. “Eu fiz uma entrevista com um advogado de Florianópolis e sei também que tenho o apoio do Sindserpi. Nosso estatuto é muito claro, de que não precisa existir exoneração enquanto se apuram fatos. Mas já está tudo encaminhado e sei que essa história será revertida”, completa.
Especial Jornal Gazeta