Um problema que se arrasta durante anos é o alto número de cachorros nas ruas de Balneário Rincão. A situação é registrada em todas as áreas da cidade, em especial nas proximidades da beira-mar. E trata-se de um problema que se agrava sempre ao fim das temporadas de verão, pois muitas famílias retornam para casa deixando para trás os animais de estimação.
“É até triste, mas é realmente uma realidade vivenciada no Balneário Rincão. É muito importante que as pessoas tomem consciência quanto a isso”, coloca um morador da cidade, Evandro Antunes.
Ele comenta que existe uma grande expectativa quanto a projetos serem realizados para pelo menos tentar diminuir esses casos. “Tem um projeto de castração. Isso já é um grande começo, com certeza faz com que a proliferação diminua de forma expressiva, mas acredito que ainda precise de mais”, opina.
Em linha semelhante vai a veranista Claudete Stefani. “Quando os animais estão grandes, acabam abandonados. É uma judiação o que fazem com eles. O que falta é consciência. Se não tem condições de cuidar, que faça uma doação para alguém que possa fazer isso”, sugere.
O coordenador da Vigilância Sanitária de Balneário Rincão, Marcelo Estevão, reconhece que apenas realizar as castrações não é o ideal para superar o problema. Além de consciência por parte das pessoas, há a necessidade de outro tipo de ação.
“As castrações iniciadas no ano passado vão trazer um efeito interessante, mas a gente sabe que há a necessidade de se ampliar isso. Não é o suficiente. Até porque esta questão de abandono é algo difícil de identificar quem comete. Quando se sabe quem faz isso, a gente encaminha para os órgãos competentes, mas é muito complicado conseguir identificar”, destaca Estevão.
Segundo ele, existe a ideia de criar um lar, onde os animais possam ficar temporariamente, e a partir disso fazer um trabalho de doação.
Especial Jornal Gazeta