“A sós, e só!”: documentário relata a realidade de muitas pessoas no cenário da pandemia

As imagens do filme produzido por três acadêmicos do curso de Jornalismo da UniSatc, foram todas gravadas em Torres (RS)

O documentário “A sós, e só!”, tem o objetivo de narrar um sentimento vivido por muitas pessoas, especialmente desde o início da pandemia com o isolamento forçado, a solidão. Produzido por três acadêmicos do curso de Jornalismo da UniSatc, com imagens gravadas em Torres (RS), o filme conta a história da professora de inglês, Caroline de Faveri, que se reinventou após viver situações em que não conseguia suportar a sua própria companhia.

Carol, como é conhecida, veio de uma rotina agitada que se desfez de forma repentina. Para ela, é como se num momento tivesse tudo, e logo depois, mais nada. Foi a partir destes e outros sinais que resolveu buscar a ajuda de um profissional, pois percebeu que a sua saúde mental estava afetada. “A terapia me trouxe conforto, me fez ver as coisas por um outro ponto de vista, com mais leveza, trabalhando a aceitação, o autocuidado”, enfatizou, “trouxe a tona questões que eu nem sabia que existiam em mim, coisas que eu nem sabia que precisavam ser olhadas e tratadas”, completou a protagonista.

Além disso, a ajuda dos familiares, amigos, prática de atividades físicas e a conexão forte com a natureza, também foram fatores importantes que a ajudaram no processo. “A ideia do documentário era mostrar a história da Carol e os momentos pelos quais ela passou de solidão, principalmente durante a pandemia. Mas acima de tudo, mostrar como ela transformou esse sentimento em solitude com a ajuda de recursos” ressaltou uma das acadêmicas produtoras, Larissa Witt.

O vídeo tem duração de sete minutos e 42 segundos, foi exibido na matéria de Produção Audiovisual e está disponível na plataforma do YouTube. Inicia mostrando a perspectiva que a personagem principal desenvolveu sobre o sentimento da solidão. Na sequência, Carol conta de forma detalhada como conseguiu superar a fase ruim, inclusive, reproduzindo algumas cenas. Todas as imagens foram gravadas na luz do dia, sendo a maior parte delas no nascer do sol.

Isolamento social

Conforme a psicóloga Daiane Gobbo, o atual cenário da pandemia e isolamento social tiram as pessoas da zona de conforto, uma vez que faz as pessoas refletirem várias questões internas lidando com a sua própria presença. “Faz rever fatos que antes costumávamos anestesiar com álcool, antidepressivos, ou até comportamentos compulsivos. É como se esse momento de isolamento nos forçasse a lidar com tudo isso”, salientou.

A psicóloga também destaca que a sociedade não foi condicionada a estar , pois a solidão e a presença são duas coisas ensinadas como algo distinto. “Estar presente é um desafio. Ou estamos vivenciando um futuro, ou um passado. É por isso que as patologias de cunho ansioso e de humor, tiverem um aumento expressivo”, finalizou.

Redação Içara News

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