Premiação do Sebrae reconhece projetos de professores da educação infantil, ensino fundamental e médio, educação profissional, superior e de jovens e adultos
Professores de instituições de ensino públicas ou privadas podem se inscrever até o dia 5 de fevereiro na 2ª edição do maior reconhecimento de Educação Empreendedora do país, o Prêmio Educador Transformador. A ação é uma correalização do Sebrae, Bett Brasil e Instituto Significare, com o intuito de valorizar e divulgar projetos e educadores transformadores de todos os cantos do Brasil.
Para participar, os professores precisam ter desenvolvido ou estar desenvolvendo algum projeto inovador, que mobilize os seus alunos em situações do dia a dia, descobrindo problemas e oportunidades, transformando ideias e formulando respostas para problemas reais da vida. Serão aceitos projetos realizados entre 2021 e 2023, vinculados a instituições de ensino, podendo ter formatos diversos, como atividades, estudos, jogos, metodologias, cursos, tecnologias, desafios, apresentações, competições, serviços ou produtos.
Na primeira edição, o Prêmio Educador Transformador somou 2.897 projetos inscritos em todo o país. A novidade para esta edição é a realização de etapas estaduais regionais e a nacional (em formato online). Ao todo, serão sete categorias na premiação: Educação Infantil, Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Anos Finais, Ensino Médio Regular, Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Ensino Superior.
Santa Catarina esteve representada na edição anterior
A professora Joana Bertoldi, de Brusque (SC), foi a vencedora na categoria Educação Infantil, no ano passado, com o projeto “O Desenvolvimento do Pensamento Computacional e o Raciocínio Lógico na Educação Infantil”. A iniciativa havia sido aplicada na Escola de Ensino Fundamental Doutor Carlos Moritz, em Brusque, durante o primeiro semestre de 2022, com a turma do Pré I, um total de 26 crianças.
“O projeto tinha por finalidade desenvolver o lado intelectual e cognitivo por meio do pensamento computacional do eixo robótica, promovendo um ambiente de aprendizagem positivo, levando as crianças a experimentar, descobrir, criar, observar, pensar e a levantar suas próprias hipóteses, proporcionando uma aprendizagem significativa”, conta a professora.
Para a elaboração do projeto os pequenos escolheram alguns títulos para a história. Os livros selecionados foram “O monstro das cores” de Anna Llenas e “A festa no céu” de Angela Lago. A partir disso, juntaram os materiais e montaram as propostas de atividades voltadas para o Pensamento Computacional utilizando a Computação Desplugada.
Os alunos participaram de uma contação de histórias com livros e, na semana seguinte, iniciaram uma oficina de massinha caseira com circuito elétrico. Para as massinhas, usaram farinha, sal e em seguida acrescentaram água e o óleo. Cada criança manuseou um pedaço até dar o ponto correto e, por último, adicionou o corante, com cada criança podendo escolher a cor que desejava. A atividade foi relacionada ao livro “O monstro das cores”.
Segundo a professora Joana, além de brincar com as massinhas, elas realizaram uma experiência. “Como a massinha é um material condutivo que permite a passagem da energia, pode ser utilizada em um circuito como um condutor da corrente elétrica somado a outros elementos diversos, como LED, bateria de 9v, materiais isolantes. Com isso, as crianças conheceram o funcionamento do circuito elétrico simples; os pólos positivos e negativos da bateria e o seu desempenho como fonte de energia”, comenta.
Já com a obra “A festa no céu”, após a contação os alunos receberam uma atividade sobre a tartaruga e, a partir disso, puderam programar o caminho a ser trilhado por ela para chegar à festa (pensamento computacional) utilizando obstáculos. Na sequência, criaram um jogo de tabuleiro recriando a atividade anterior da tartaruga, com a turma dividida em dois grupos. Cada grupo recebeu um tapete de tabuleiro de pensamento computacional e, em dupla (com um na programação e o outro na execução), elaboraram uma sequência para o “robô” chegar ao objetivo: recolher as partes do casco da tartaruga. Assim, além do pensamento computacional exercitaram o pensamento lógico.
“Receber um prêmio como Educador Transformador foi um marco significativo em minha carreira e mudou minha vida de maneiras inesperadas e gratificantes. Foi uma validação do meu trabalho e dedicação à educação. A repercussão dentro da minha instituição foi imediata e inspiradora. Colegas, diretores e alunos expressaram um sentimento de orgulho e admiração, o que fortaleceu o ambiente de trabalho e o senso de comunidade dentro da escola”, completou emocionada.
Para Alan Claumann, gerente de desenvolvimento territorial do Sebrae/SC, o prêmio é mais do que um reconhecimento. “Ter nossos educadores catarinenses representados na premiação é um marco para a nossa educação. Mostra que além de sermos um estado inovador no empreendedorismo em diversos segmentos, também somos capazes de inovar e transformar por meio da educação. Mostrando aos estudantes que ideias simples podem mudar uma realidade e revelar uma outra perspectiva para a resolução de problemas ou novas formas de lidar com as situações”, frisa.
Para conferir o regulamento completo e participar do Prêmio Educador Transformador, basta acessar https://educadortransformador.
Colaboração: NZBT/Comunicação